o pior da pandemia,
o melhor da ciência
No Sabará, isso significou, por um lado, a manutenção de medidas de segurança sanitária para todos que circulam pelo hospital e a separação, já no pronto-socorro, de pacientes com sintomas respiratórios. Por outro, o início da vacinação de adultos e adolescentes (mais no fim do ano) permitiu a retomada gradual de cirurgias eletivas, consultas e exames. “O grande destaque foi o crescimento do movimento do hospital: recebemos pelo menos 21 mil novos pacientes, apenas 1% a menos que em 2019, ano anterior à pandemia”, destaca o CEO do Sabará, Ary Ribeiro. No segundo semestre, com o retorno das aulas presenciais em diversas escolas, cresceram os casos de doenças respiratórias. “Isso trouxe um aumento na demanda por serviços médicos, inclusive os mais complexos”, destaca o diretor técnico do Sabará, Felipe Monti Lora. Nesse cenário, fizemos com segurança 5,5 mil procedimentos cirúrgicos, 5% a mais que em 2020.
A pandemia acelerou a implantação de telemedicina no Sabará e confirmou as novas oportunidades desse tipo de procedimento. A principal é reduzir riscos de contágio e continuar garantindo agilidade e eficiência nos atendimentos a pacientes e familiares. Só em 2021 fizemos 24 mil teleconsultas de urgência e de especialidades. No pronto-socorro, apostamos no telemonitoramento para pacientes com covid-19, uma inovação que permitiu manter cuidados no período de isolamento social. No projeto Sabará nas Escolas, que faz teleatendimentos e dá assessoria científica às instituições de ensino, chegamos a 1.500 crianças em instituições de ensino de São Paulo, Santana de Parnaíba e Maceió.
Fomos além dos atendimentos: aceleramos a start-up Tuinda Care e ajudamos a trazer para o Brasil um kit portátil que, além de consultas on-line, permite fazer à distância exames de ouvido e garganta e auscultar pulmão, coração e abdômen.
Atendimento humano e acolhedor é princípio inegociável no Sabará, presente em todas as nossas atividades. Para fortalecer esse valor, criamos a Rede de Humanização, que reúne profissionais de diversas áreas – chamados de cuidadores – com o objetivo de melhorar o bem-estar de pacientes e familiares. Juntos, vencemos o medo, criamos vínculos e fortalecemos a confiança, a fim de que as crianças se sintam seguras durante todas as fases de seu tratamento. Essa rede é essencial para injetarmos diversão e sonhos no dia a dia do hospital. Em 2021, as atividades foram retomadas, especialmente em datas especiais.
O que é que há, coelhinho? Na Páscoa, Lola e Pernalonga visitaram várias alas do Sabará. Crianças e familiares puderam brincar e tirar fotos ao lado do coelho famoso por seu bordão “O que é que há, velhinho?”
Heróis de presenteNo Dia das Crianças, elas foram visitadas pela equipe do Pronto Sorrir (grupo de humanização) e ganharam kits de pintura e de higiene infantil. Mas o presente maior estava na janela: os vidros dos quartos de UTI foram lavados por profissionais vestidos de Homem Aranha, Pantera Negra, Super-Homem e Mulher Maravilha.
Natal MágicoNo fim do ano, quem apareceu tocando sininhos – e distribuindo lembrancinhas para a criançada – foi o Papai Noel. Os pacientes que precisaram de exames encontraram-se com Frajola e Piu-Piu.
Se a pandemia afetou a vida de tanta gente, imagine a dos profissionais da saúde. Mapeamos o sono de 600 dos nossos cuidadores, e verificamos que mais da metade apresentava dificuldades para dormir. Desenvolvemos o programa Vigilantes do Sono, para dar dicas de como dormir melhor e fazer acompanhamento de quem precisa.
"O sono ruim é um dos maiores vilões da qualidade de vida”
Carolina Dantas Alves de Oliveiradiretora de Pessoas, Controladoria e Finanças do Sabará
Número de pessoas: 10.674
Treinamento interno: 19.600 horas
Treinamento externo: 1.070 horas
Demos início, em setembro, ao Plano Diretor de RH – desenho de um conjunto de 16 projetos a serem implantados até 2025 para estimular uma cultura de resultados em todas as dimensões do hospital. A primeira etapa foi avaliar a situação atual do setor e como ele é encarado dentro da instituição. Também inclui um estudo preliminar sobre os recursos necessários para cumprir o plano nos próximos quatro anos.
A traqueostomia, embora fundamental em diversos tratamentos, traz impactos para a criança – e mesmo para as famílias. Interfere na vida social, física e psicológica dos nossos pequenos pacientes. Até falar fica muito mais difícil para eles. Em 2021, realizamos mais de 100 processos de decanulação (retirada do tubo de traqueostomia). Com o pescocinho livre, as crianças podem ter uma vida normal e aproveitar bons momentos brincando no parque, na praia ou na piscina.
O Anderson e a Melinda contam como é a vida sem traqueostomia
Uma equipe do Sabará usou, pela primeira vez no mundo, um modelo híbrido (impressão 3D com acabamento feito por artista plástico) na preparação de uma cirurgia corretiva de trigonocefalia – deformidade que fecha antes do tempo uma sutura na parte da frente do crânio. O procedimento é realizado no modelo antes de ser aplicado no paciente. A técnica encurta o tempo de cirurgia e de anestesia, requer menor volume de transfusão sanguínea e reduz o tempo de internação.
"Antes da cirurgia real, já sabíamos de que forma realizaríamos os procedimentos”
Giselle Coelhoneurocirurgiã do Sabará
Firmamos uma parceria com o A.C. Camargo Cancer Center, referência nacional em oncologia, para formar o mais completo centro de diagnóstico, tratamento, reabilitação e reinserção social de crianças, adolescentes e jovens adultos com câncer. O acordo inclui não apenas assistência, mas também ensino e pesquisa. “As famílias passam a contar com recursos tecnológicos de última geração, apoiados por médicos especialistas em crianças, o que faz toda a diferença”, diz o CEO do Sabará Hospital Infantil, Ary Ribeiro.
"São recursos tecnológicos de última geração, apoiados por médicos especialistas em crianças”
Ary RibeiroCEO do Sabará Hospital Infantil
O Sabará passou a oferecer tratamento pelo método Ponsetti para crianças que possuem pé torto congênito. Por meio dele, somamos técnicas para obter um melhor resultado: cirurgia, gesso e uso de botas ortopédicas até os quatro anos. O tratamento é muito eficaz, principalmente se iniciado nos primeiros meses de vida.