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Imagem com fundo branco e, do lado direito, uma casinha infantil cor-de-rosa. Um coração branco está bem na frente da casa, como se fosse uma porta ou uma janela.

Filantropia

A FJLES nasceu sob o princípio de que a sociedade civil tem papel fundamental para garantir uma vida melhor às crianças e aos adolescentes do Brasil ― e, portanto, um futuro melhor a todos os brasileiros. É por isso que apoiamos organizações, movimentos, coalizões, projetos e programas voltados à saúde infantojuvenil. Sabemos que ainda mais fundamental é o papel do Estado ― e traçamos estratégias de advocacy, de modo a tentar influenciar as políticas públicas nas áreas em que atuamos.

Nossos esforços estão centrados atualmente em questões envolvendo violência contra crianças, queda nas taxas de vacinação, saúde mental infantojuvenil (tomada em sentido amplo) e insegurança alimentar. Esses quatro eixos é que norteiam a grande maioria das ações da FJLES. Em 2022, desembolsamos R$ 10 milhões em projetos nessas áreas, além de financiar a própria causa da filantropia, por meio do apoio a entidades do setor.

Advocacy

Advocacy

FJLES

137 propostas para o que tem de ser prioritário

Foi criado em 2022, com apoio da Fundação, o movimento Agenda 227, que reúne mais de 380 entidades da sociedade civil em prol da implantação efetiva do artigo 227 da Constituição – aquele que diz que crianças, adolescentes e jovens devem ser “prioridade absoluta”. Com participação de organizações e centros de pesquisa, o grupo elaborou 137 propostas, divididas em 22 áreas, como saúde, nutrição (ambas coordenadas pela FJLES), educação e esporte. São propostas pra valer, compostas de diagnóstico, ações, metas e relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Imagem da capa da publicação Plano País. É uma página com fundo roxo e elementos geométricos na cor lilás (pequenos quadrados e vários 1/4 de círculos). Além disso, há seis um 1/4 de círculos coloridos: na parte de cima da página há um verde, um amarelo e um azul; na parte de baixo, um rosa, um laranja e um amarelo. No topo, à direita, há uma identificação geral do tema: Eleições 2022. Abaixo, um sobretítulo: “Propostas de Políticas Públicas”. Um pouco mais abaixo, o título de destaque: “Plano País para a Infância e a Adolescência”. Em seguida, um parágrafo de texto. Na parte inferior da página, o logotipo “Agenda 227 – Prioridade Absoluta para Crianças e Adolescentes”.

Propostas que precisam sair do papel

Como a ideia do movimento é que as sugestões de fato virem política pública, uma síntese com as 144 medidas propostas foi entregue a todos os partidos políticos e às pré-candidaturas presidenciais que aceitaram receber um representante da Agenda 227.

Grupo de dez pessoas (seis mulheres e quatro homens) de costas para uma parede clara e entre duas mesas retangulares cobertas de tecido azul-marinho. No centro do grupo está a então candidata a presidente Simone Tebet, com calça azul-marinho e agasalho branco. Ela e outros dois homens a seu lado (ambos de paletó) estão segurando um livro de capa amarela com o título: “Plano País para a Infância e a Adolescência”.
Grupo de seis pessoas (três mulheres e três homens), num ambiente coberto, mas próximas de um carro preto com porta aberta. No centro do grupo está o então candidato a presidente Lula, com agasalho preto semiaberto sobre camiseta branca, calça marrom-clara e tênis preto. Duas mulheres do seu lado esquerdo e um homem de seu lado direito seguram um livro de capa roxa com o título: “Plano País para a Infância e a Adolescência”. A pessoa mais à direita na foto é o então candidato a vice-presidente Geraldo Alckimin, que está de paletó azul aberto e camisa branca de gola.
Grupo de nove pessoas (cinco mulheres e quatro homens), numa sala com mesas retangulares brancas e, do lado direito, mesas de cor madeira. O grupo está atrás das mesas brancas. No centro do grupo está a então candidata a presidente Soraya Thronicke, com calça clara bem larga na parte das pernas e mais justa na cintura. Ela está de camisa clara, com listras escuras e mangas arregaçadas até a altura do pulso. Ela e um homem a seu lado, de paletó azul-escuro, estão segurando um livro de capa amarela com o título: “Plano País para a Infância e a Adolescência”.

Aumentar recursos, diminuir a violência

A FJLES faz parte da coordenação colegiada da Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes, grupo de 46 entidades da sociedade civil que, entre outros objetivos, luta pela ampliação do orçamento público para prevenção e combate a esse problema. As propostas de intervenção baseiam-se na estratégia Inspire, formulada a partir da análise de programas bem-sucedidos em diversas partes do mundo. Essa linha de ação envolve sete princípios, cujas iniciais formam a palavra “inspire”: Implementação e vigilância do cumprimento das leis, Normas e valores, Segurança do ambiente, Pais, mães e cuidadores recebendo apoio, Incremento de renda e fortalecimento econômico, Resposta de serviços de atenção e apoio, Educação e habilidades para a vida.

Apoio a projetos, ONGs e iniciativas

Apoio a projetos, ONGs
e iniciativas

FJLES

Para 4,9 mil mortes, 4,9 mil árvores

Numa ação voluntária que reuniu 300 pessoas em outubro, a FJLES plantou 4,9 mil árvores frutíferas no Grajaú, uma das regiões paulistanas de menor IDH, para lembrar e homenagear os quase 5 mil adolescentes e crianças que morreram de Covid-19 no Brasil. A rigor, o que plantamos não foram árvores, mas mudas – no entanto, o compromisso do projeto é que elas sejam bem cuidadas e tenham uma vida longa, algo negado às crianças vítimas do coronavírus.

O plantio fez parte da nossa iniciativa de voluntariado Viagem Fantástica, neste ano em parceria com o Instituto Anchieta Grajaú e integrando o movimento internacional Healing Trees. A parceria criou um memorial para os jovens que morreram em decorrência do vírus. Mas não é só isso. Daqui a alguns anos, quando os pés de jabuticaba, abil, cambuci, pitanga e outras espécies nativas começarem a frutificar, nutricionistas e culinaristas vão ensinar a usá-las na dieta e na merenda da escola da região. Num segundo momento, será ensinado como usar as frutas e seus produtos (como geleias e doces) para gerar renda.

Aspas

Nossa Fundação não se conforma que vidas de crianças se percam porque nossos governantes não se esforçaram em disponibilizar vacinas que as protegessem”

José Luiz Setúbal, presidente da FJLES

Para monitorar (melhor) a saúde de 360 mil crianças

A Pastoral da Criança, fundada em 1983, acompanha mais de 360 mil meninos e meninas e 18 mil gestantes e famílias no Brasil. Dá atendimento durante toda a primeira infância. Para aprimorar o modo como monitora o estado nutricional das pessoas beneficiadas, a entidade fechou uma parceria técnico-científica com o Laboratório de Avaliação Nutricional de Populações, da USP. O trabalho tem apoio da FJLES.

Uma agente de saúde sorridente, de camiseta verde (com logo branco da Pastoral da Criança), pesa um bebê usando uma estrutura de pano verde-escuro. A cena é observada, ao fundo, por uma mulher de camiseta rosa segurando um pano de criança. Em frente dela há outra mulher, com camiseta regata marrom.

Vamos insistir: violência contra mulheres e meninas não é normal

Cerca de 70% das pessoas que trabalham na área de educação no estado de São Paulo são mulheres. Impossível, portanto, tratar de temas educacionais sem falar de equidade de gênero. Por isso a FJLES decidiu financiar o programa Violência contra Mulher Não é Normal, feito pela organização Serenas em parceria com a Secretaria Estadual de Educação. A iniciativa deu jornadas formativas a 340 profissionais e cursos online a 30 mil educadores. Além disso, produziu, vídeos informativos e 200 mil exemplares de um guia sobre violência sexual, distribuídos a estudantes de todas as escolas estaduais.

Livro Violência contra mulher não é normal
Logotipo do projeto: um desenho de pulmão em que os brônquios e as ramificações têm formato de galho de árvore. Abaixo do desenho, está escrito: Médicos pelo Ar limpo

Ar limpo também é questão médica

Em novembro, a Fundação passou a apoiar a iniciativa Médicos pelo Ar Limpo, que busca destacar, junto à classe médica e à sociedade civil, a importância da qualidade do ar. O trabalho envolve mobilização, comunicação, evento e atuação em políticas públicas.

Incentivo a quem cuida da saúde mental

A 24ª edição do Prêmio Criança, iniciativa promovida pela Fundação Abrinq, destacou organizações que trabalham com um tema caro à FJLES: saúde mental. Com nosso apoio, a premiação selecionou três entidades – a vencedora, Casa Pequeno Davi, usa oficinas artísticas como um dos instrumentos para acolher e desenvolver jovens de 6 a 18 anos.

Foto de uma apresentação de dois palhaços. Eles estão num cenário com partes coloridas, que formam um teatro de pequenas dimensões. Ao fundo, há uma parede branca com uma faixa cinza, onde está escrito: Casa Pequeno Davi. Em frente ao palco pode-se ver uma plateia de jovens e adolescentes (a maioria de camiseta azul-claro). Eles estão sentados em cadeiras brancas de plástico.

Para ter menos gente com fome

A campanha Tem Gente com Fome nasceu como resposta emergencial à crise agravada pela Covid-19, numa iniciativa da Coalizão Negra Por Direitos. Cerca de 250 organizações, grupos e aliados do movimento negro em várias partes do Brasil se juntaram para arrecadar R$ 25 milhões em mantimentos variados. A pandemia perdeu força, mas o desmonte de políticas públicas nos últimos anos fez com que a fome se mantivesse em patamares altos. Assim, a campanha voltou a se mobilizar no fim de 2022, em torno da edição “Tem Gente com Fome – por um Natal com Comida no Prato.” A Fundação contribui com o projeto.

Foto em branco e preto com várias pessoas –a maior parte mulheres com touca branca – próximas a pilhas de engradados de comida. É possível ver um engradado com mandiocas e outro com cachos de banana. Ao fundo, sobre um muro baixo, há dois grandes cartazes. Um deles, de fundo branco, tem várias frases. Numa delas, com letras grandes, é possível ler: Se tem gente com fome, dá de comer! Em outro cartaz, escuro, está escrito: Coalizão Negra por Direitos.
Matchfunding Enfrente

Multiplicando a vaquinha virtual

Há projetos que conseguem apoio comunitário extenso, mas insuficiente para angariar muitos recursos. Uma modalidade de fomento lançada pela Fundação Tide Setúbal busca aumentar os aportes em iniciativas desse tipo. O Matchfunding Enfrente, lançado em 2019, seleciona projetos em campanhas de financiamento coletivo (crowdfunding, ou vaquinha virtual) e amplia o dinheiro recebido: a cada R$ 1 doado, outros R$ 2 são investidos pelo Fundo Enfrente. A FJLES é uma das participantes do fundo, que beneficia projetos gerados em periferias brasileiras.

Estímulo à cultura de doação

Nossa ação filantrópica é voltada não apenas a entidades e projetos de algum modo ligados à saúde na infância e na adolescência, mas também à própria causa filantrópica. As instituições apoiadas ao longo de 2022 estão listadas abaixo.

Apoio
Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), Associação Brasileira de Captadores de Recurso (ABCR), Movimento por uma Cultura de Doação, estudo Economia do 3º Setor (MCD, Sitawi, Fipe), Associação Paulista de Fundações (APF) e Catalyst.

Contribuições associativas
Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), Associação Paulista de Fundações, Worldwide Initiatives for Grantmaker Support (Wings) e Associação Brasileira de Captadores de Recurso (ABCR).

Apoio a comunidades

Apoio a comunidades

FJLES

Toda vacina tem de ir aonde a criança está

Os estados do Norte e do Nordeste estão entre os de menor cobertura vacinal – nove das dez unidades da Federação com taxa mais baixa de imunização contra poliomielite, por exemplo, estão nessas regiões. Por isso, o Unicef, a Pfizer e a FJLES juntaram-se no programa Busca Ativa Vacinal, voltado a 2 mil municípios da Amazônia Legal e do Semiárido.

Uma plataforma digital e gratuita ajuda as cidades a identificar, registrar e monitorar as crianças menores de 5 anos não vacinadas. A estratégia inclui programas de capacitação online para os agentes envolvidos na imunização. A Fundação contribuiu com a contratação da equipe especializada, para conclusão da metodologia e para o desenvolvimento da plataforma.

Três técnicos de saúde (duas mulheres e um homem) andando numa rua de terra. Ao lado deles há três crianças. Na camiseta do homem é possível ler: Vacinar protege
Agente de saúde pinga uma gota na boca de uma criança pequena, que está no colo de uma mulher de cabelos crespos. Ao fundo, há uma parede azul com um grande cartaz onde é possível ler: Vacinação Infantil.

Prato cheio para todos

É estarrecedor ter gente passando fome ou se alimentando mal e, ao mesmo tempo, ter boa comida sendo desperdiçada. O projeto Rota Solidária, da Associação Prato Cheio, visa evitar esse tipo de situação. Ele sensibiliza estabelecimentos do setor (indústrias, varejistas, atacadistas e produtores) para reduzirem o desperdício, e coleta alimentos frescos na cidade de São Paulo, distribuindo-os a instituições de assistência social. Em 2022, a iniciativa arrecadou 562 mil quilos de alimentos, distribuídos a quase 30 mil pessoas por dia.

Conjunto de fotos mostra três etapas do projeto: Um triciclo/bicicleta com engradado de comida na bagagem, um homem descendo uma escada com um engradado de bananas nas mãos e uma travessa de comida com arroz, laranja, legumes e purê.
Conjunto de fotos mostra três etapas do projeto: Um triciclo/bicicleta com engradado de comida na bagagem, um homem descendo uma escada com um engradado de bananas nas mãos e uma travessa de comida com arroz, laranja, legumes e purê.
Conjunto de fotos mostra três etapas do projeto: Um triciclo/bicicleta com engradado de comida na bagagem, um homem descendo uma escada com um engradado de bananas nas mãos e uma travessa de comida com arroz, laranja, legumes e purê.
Foto de uma quadra poliesportiva coberta. No piso da quadra há linhas e marcações para basquete, vôlei e futsal.

Reforma de quadra na cidade de Magic Paula

A Fundação financiou a compra de materiais para a reforma da quadra poliesportiva do Clube Atlético Vila Esperança, no bairro de Vila Esperança, em Osvaldo Cruz (SP). O município paulista é terra de um dos mais importantes locutores esportivos do rádio brasileiro (Osmar Santos) e da medalhista olímpica de basquete Paula (Magic Paula).

Projeto Boa Praça

Todo ano revitalizamos um parquinho infantil de alguma praça de São Paulo – uma forma de influenciar o modo como as pessoas se relacionam com a comunidade e com o meio ambiente. Em 2022, a ação aconteceu na praça Horácio Sabino, em Perdizes. O Sabará ajudou a implantar áreas de convivência e brinquedos mais atraentes e desafiadores, para contribuir com o desenvolvimento social e psicomotor das crianças da região.

Imagem de um parquinho com chão de areia e cercado por árvores altas. No parquinho pode-se ver um gira-gira e um brinquedo com uma rampa de madeira longa, mas suave, que leva até um escorregador de plástico verde. Continuando na mesma estrutura há mais um trecho de madeira e uma escada com nove degraus de toras cumpridas. No parquinho também há uma estrutura mais alta, que dá para um escorregador maior, também verde, que desce em forma de caracol]