A pobreza infantil segue sendo um desafio estrutural e multidimensional, afetando principalmente crianças negras e indígenas
São Paulo, 21 de março de 2024 – O Dia Mundial da Infância, celebrado nesta data, é uma oportunidade para refletirmos sobre os desafios e avanços na garantia dos direitos das crianças no Brasil. Apesar dos progressos alcançados, a desigualdade ainda marca profundamente a infância no País.
De acordo com o UNICEF, o Brasil conseguiu reduzir o número de crianças e adolescentes vivendo na pobreza, passando de 34 milhões em 2017 para 29 milhões em 2023. No entanto, a pobreza infantil segue sendo um desafio estrutural e multidimensional, afetando principalmente crianças negras e indígenas. Entre os meninos e meninas negros, 64% vivem em condição de pobreza, enquanto entre os brancos esse percentual é de 45%.
“O Brasil precisa urgentemente garantir que todas as crianças tenham acesso a condições básicas de vida, como educação, saúde, alimentação e saneamento. Os avanços conquistados nos últimos anos mostram que é possível mudar esse cenário, mas ainda estamos longe de garantir a igualdade de oportunidades para todas as crianças”, afirma o Dr. José Luiz Setúbal, pediatra e presidente da Fundação José Luiz Setúbal (FJLS).
Outro dado alarmante é a situação do saneamento e acesso à água potável. No Brasil, 3,5 milhões de crianças e adolescentes ainda vivem em casas sem acesso adequado à água, dependendo de fontes como chuva ou poços. Além disso, 1,2 milhão de estudantes estão matriculados em escolas públicas sem infraestrutura adequada de abastecimento de água.
A educação também enfrenta desafios, com uma taxa de evasão escolar na educação básica de 6%, conforme dados do Censo Escolar 2023. Muitos jovens deixam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar, perpetuando o ciclo de pobreza. “Não podemos aceitar que crianças e adolescentes sejam forçados a abandonar a escola por falta de condições de vida. Precisamos de políticas públicas eficazes para garantir que a educação seja um direito real e acessível a todos”, reforça Dr. Setúbal.
Segundo o presidente da FJLS, “para enfrentar esses desafios, é fundamental que o Brasil fortaleça suas políticas públicas e assegure a plena efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina a responsabilidade compartilhada entre família, sociedade e Estado na proteção integral da infância”.
Neste Dia Mundial da Infância, a Fundação José Luiz Setúbal reafirma seu compromisso com a defesa e promoção da infância saudável no Brasil, e convoca a sociedade a se unir na luta por um futuro mais digno e justo para todas as crianças.
Crédito da imagem: freepik
Sobre a Fundação José Luiz Setúbal (FJLS)
A Fundação José Luiz Setúbal é uma holding social que atua como o maior ecossistema de saúde infantil do país. Sob o slogan “pensa, cuida e defende a infância saudável no Brasil”, promove o bem-estar de crianças e adolescentes por meio da assistência médica, ensino e pesquisa e advocacy e filantropia.
É formada pelo Sabará Hospital Infantil, localizado na cidade de São Paulo (SP), e referência no atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos; pelo Instituto PENSI e pelo PENSI Social– frentes de Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil, que realizam e promovem estudos científicos para profissionais da saúde, educadores, famílias e sociedade em geral; e pelo Infinis – Instituto Futuro Infância Saudável, braço de filantropia e advocacy, que luta em defesa da saúde da criança e do adolescente e do fortalecimento da sociedade civil no Brasil.
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